quarta-feira, 2 de novembro de 2011

"Me"

Para que presteza
Se essa vida nos leva embora...
O quê se cultiva?
O quê se sonha?


Um caminho... muitas oportunidades.
No meio isso me parte!

Por:. Mateus Cerqueira

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

"Um bocado de si"


A cabeça não é fraca, mas a palavra escapa
Da mente estravaza e espalha seu brio.
Ganha o mundo dos que vêem sentados
Alcança proporções que eu não sei.
Assim são as palavras!

Ser fortuita qualquer afinidade

Amar o espírito e não a carne
Conhecer-se melhor é alegria
Assim são os sentimentos!
Vibrar positivo, sorrir pro mundo
Desviar-se dos maus elementos...
Isso é viver!

Erga-se. Cabeça ao alto, peito estufado!
Um bocado.
Um bocado de prazos,
Um bocado de desculpas bem emendadas...
Viver para os outros é perder-se de si próprio!

Por:. Mateus Cerqueira

"Romântico"

Aqui no mundo contemporâneo todos crescem pra si
Porque ser indiferente se tornou virtude.
Há muito mais em mim que o egoísmo,
Predisposto a apanhar enquanto deixo transparecer.

Quem sabe a décadas atrás fosse mais leve
Quando minha essência era apreciada
Ou na época que não prendia-se em padrões
Dificíl quebrar a corrente, mas valia o coração.

Por ser romântico tropeço no sentimento
Sem cessar doo-me a cada segundo.
Sábia escolha me entregar de bandeja
Melhor ainda é manter sincero isso em mim.

Tantos simbolismos e etapas para se entregar
Tão inseguro mostrar o que há por dentro
Evoluímos o cérebro mas o coração medrou
Suspiros de paixão são pirateados nos filmes.

Ser canção o som que me agrada
Ser sorriso a cor que me preenche
Sentimentalmente acessível
Ser verão o carinho que esquenta
Ser outono o sabor que satisfaz
Sentimentalmente valioso
Ser humano e compartir!





"Mais vale cultivar um grande e belo amor
Do que perder-se nesse mundo hostil "

Por:. Mateus Cerqueira

"Intemperança"



De fina providência tomei as rédeas
Tentando domar essa distinta combinação,
De sabores e afetos afastados do ódio
Temperados com raiva e muita paixão.

Saber quando provar é sempre impreciso,
Quando forte ou suave dispara o coração.
Saborear dessa arte se tornou meu vício,
Quando desocupado degusto seu sabor de inquietação.

Seu gosto me preenche os olhos e os lábios,
Ingredientes de inesquecível sensação
Sua inocência maliciosa outrora me desespera
Imprevisto tenaz que acelera o coração.

Viso de pura excitação ao meu corpo
Aprender a lhe controlar é a premissa de instigar
Volúpia que explode o peito e enrijece o músculo
Apetites e paixões que devo moderar!

Por:. Mateus Cerqueira

terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Poesia de 10 minutos"

Se fosse azedo meu gosto
Seria por não ser maduro
Assim como a uva crescendo
Ainda precisa de sol, chuva...

Não planta em lugar errado
Não aduba sempre um bocado
Tudo deve ser moderado
Temendo o estrago do fruto.
Para ficar maduro
Perde seu azedo e adocica.

Se fosse azedo até a maturação
Seria limão,
Mas não pertence esse ao meu gosto!



Por:. Mateus Cerqueira

"Letreiro - Café e outros vícios"

O copo de café esquenta a mesa
Palavras cruzadas enchem a estação
Maletas e casacos, saltos e sapatos
Pressa de encontros estão por todo o lugar
Bolinhos e pães amaciam a anciosidade
O relógio - tic tac - não para de girar.


Moça sinuosa, esguia, socada ou curva
Moço cordial, mulambo, doce ou animal
Saturado do corre corre, trem apertado
Outros apressados com mais contas a pagar
Terminal de embarque, próxima partida
Outros clientes estão para chegar

Em meio ou caos, tamanha folia
Meu tranquilo negócio vai a funcionar
Alguns sentam, alguns desejam entrar
Muitos não reparam no letreiro ressaltado:

"Café e outros vícios".

Letrista observador que veio pintar
Reparou o cliché de tantas vidas
Ignorou o jornal que naturaliza a violência
Abateu-se com o ibope da vida alheia.
Necessitado, precisou expressar-se,
Em minha lanchonete deixei abordar
O grande cardápio do dia dizia:
"Destino trivial do desencontrados".
Aqui ninguém está a repousar!



Por:. Mateus Cerqueira

"Vento brando"


Quando vier de maneira gentil
Receberei a tranquilidade que emana
Toda a luz é por mim mais divina
Salta do vazio e me encontra de repente
Estonteante emoção.

Seja delicada no toque inicial
Bem como é perfeita em qualquer tempo
Carrega o que me aflige, estabeleça a calma
Nesse tempo de luta que somente progride
Me cabe seu balanço.

Já sei sobre sua onipresença
Já vi seu balanço e sua linda cor
Só me falta aguardar sua próxima licença
Brisa suave em meu corpo arqueado
Sossego do temporal



Por:. Mateus Cerqueira

sábado, 19 de março de 2011

"Carente #2"


Como reconheço seu silêncio, cabe-me agora não lembrar
Quem sabe... Longe ou perto não funciono a todo tino.
São salpicadas de saudades fechar os olhos e descansar
Como percebo meu coração contigo, bate tímido à tino.

Por:. Mateus Cerqueira

"Me faz sorrir"

Me conta uma história?
Me faz sonhar nós dois
Com suas manias e bobeiras
Me embala nos seus braços
Me dá carinho, amor?

Importa aqui estar próximo de ti
Ver o seu sorriso me enchendo de luz.
Importa aqui estar sem a saudade
Abraçar seu corpo, amando só nós dois.

Me revela o que te estimula nessa vida,
Sai daqui o preto e branco, o triste vai morrer
São muito belas as cores do seu sorriso
Todo dia espero o tempo para estar com você!

Por:. Mateus Cerqueira

Carente #1


É sufocante amar sem ser notado,
Ser subtamente ignorado por amar.
Esse meu carinho não sai do peito,
Saudades de tudo que em mim deixou!

Por:. Mateus Cerqueira

domingo, 6 de março de 2011

"Sentimentos aqui"

Deixe-me dizer que sinto falta de meses atrás
Palavras não deviam ter sido pronunciadas
Sentimento mais forte ainda não encontrei
Inesperadamente afastou-se de mim
Tempo esse que mais te queria aqui!

Por dentro meu peito chama pelo teu
O "amar", amor perpetua o mesmo
Fitando-te em silêncio, declaro-me
É sempre novo e jovem o sentimento
Todo o "nosso" está sempre aqui!

Desejo que o amor revigore-se
Talvez... Não resgatei de ti meu coração
Desaprendi a volta de quem me quer
Sinto falta dos teus sentimentos
Aqueles que não aparecem mais por aqui!

Fere-me a sensação de impotência
Dói a maneira como se afasta
Tão quente eram os abraços
Tão apaixonados eram os beijos
O carinho é inesquecivél e o amor inefável!
Sentimentos aqui...

Choros, dias, saudades, tanta coisa mudou nesse tempo
Podia mudar também minha vocação em te amar!




Por:.Mateus Cerqueira

sábado, 22 de janeiro de 2011

"Durmo descansado"

Me escondendo da ameaça dessa cidade
Perder seu carinho e andar com essas pessoas
São intensidades diferentes, são saudades
Vagando entre os espaços vazios dessa cama
Noites e dias são para sempre, o amor também...

Eu vivo noites e dias,
Sr. face de vidro aconselhava!

Meus olhos secaram de tanta água
Seus olhos trincaram de tanta saudade
Noite e dia passam em poucas horas
Fecho as portas da minha catividade!



Por:. Mateus Cerqueira

"Rotatividade"

Palavras pingadas partidas ao chão
Suadas, travadas, pintadas à mão
Pitadas suaves de cuia e limão
Lambusam minha face, sufoca a paixão

Deitado calado em grande aflição
Jogado às pontadas partidas pela solidão
Rodava pensando na sábia lição:
Viver cada dia é cumprir a missão!



Por:. Mateus Cerqueira

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"Dança das fadas"


O vento sopra sua luz,
Seu sopro é pressuposto
Soprando o peso do mauestar
Baila livre sobre o ar
Acaricia e beija meu rosto
E manso você me seduz.

Semeadora da natureza
Flutua com cordialidade.
Olha para o horizonte,
Bebendo da paz em sua fonte
Dotada de sensibilidade
Prepara a vida com destreza!

Migra sem pensar
Cultiva a vida no balanço do vento,
No balanço do mundo
Entre as correntes elas vão...
Particulas dispersas no vento
No tempo estão a semear.

Imaginário de toda beleza
Cativa seu leve espirito,
Notável delicadeza simplória
Filha das flores vistosas
Borboleta azul,
Bailarina mágica
Dança das fadas!

Por:. Mateus Cerqueira

"Desconhecido"

Esqueceu como por os pingos nos "i"
Outras paredes te achatam
Sua concepção já tão aguçada,
Integra agora outra formação.

São 4 horas da manhã
As veias estão palpitando,
Às 4 horas da tarde
São as mesmas palpitações.

Fitava a face antes apresentada
Espelho de sua própria solidão
Andando perdido por aqui
Vagando com seu corpo cansado.

São 4 horas da tarde
As pupilas estão dilatando,
Às 4 horas da manhã
São as mesmas dilatações.

Toca seu próprio rosto frio
Sufoca sua própria guinada
Acusa as pessoas de novo,
Não alimenta as esperanças
É engraçado como ela sofre.

São 4 horas da madrugada
Seu coração não bate,
Às mesmas 24 horas
Sem qualquer palpitação.

Sem procurar segurança
Alma com destino traçado,
Passo marcado!


Por:. Mateus Cerqueira